

Como surgiu a Diverse?
A conexão com o tema surgiu em 2002, em uma relação amorosa heterossexual e interracial. Esse fato é importante ser mencionado por que foi nesse espaço afetivo que surgiu a possibilidade da troca de experiências, olhares, possibilidade de empatia e compreensão sobre o fenômeno do racismo e sexismo e, por que não, a paixão pela complexidade e delicadeza do tema e pela luta para a transformação.
A partir dessa experiência, houve uma intensidade de movimentos na busca de conhecimento e encontros, com grupos multidisciplinares, para desenvolvermos debates, projetos, ativismo, produção de conhecimento.
Mas um desafio havia se instalado: desenvolver metodologias que fossem capazes de tornar o racismo e a branquitude visível às pessoas brancas, assim com a discriminação a grupos historicamente discriminados, como o espaço de afeto propiciou. Aí estava a pergunta que levou a projetos de pesquisas em universidades nacionais e internacionais e ações antidiscriminatórias.
Esse processo estará sempre em construção e todos os resultados dele vão se atualizando e sendo aplicados nos trabalhos da Diverse.
Em 2014 o Instituto Diverse foi formalizado e as primeiras atividades foram na área da advocacia em casos de discriminação. Por meio de parcerias, a oferta de serviços psicológicos especializados. Em seguida, vieram os trabalhos de sensibilização, conscientização, trocas e programas educativos para grupos, por onde foram sendo desenvolvidas as metodologias com foco nas mudanças de atitude e comportamento nas relações sociais (GCETA – Grupo de conscientização e transformações para ações antidiscriminatórias). Hoje já atuamos também contribuindo para políticas públicas, políticas de diversidade e antidiscriminação em instituições privadas e organizações sociais do terceiro setor, atividades grupais no poder judiciário e demais. Temos uma área de grupo de estudos, pesquisa e produção de conhecimento para publicações.